03/06/2015 - Durante os últimos 5 anos o Projeto Tamar teve a sorte de conseguir testemunhar a reprodução inédita no Brasil de duas espécies de tubarão em cativeiro. Leia mais. ↓
Duas espécies de tubarão se reproduziram pela segunda vez e surpreenderam os pesquisadores do Projeto Tamar na Bahia. O tubarão-lixa (Ginglymostoma cirratum), que está ameaçado de extinção, e o "Pintadinho", do gênero Scyliorhinus, cuja espécie ainda está sob investigação, pois é possível que seja desconhecida da ciência. A surpresa é pelo fato de animais selvagens como estes dificilmente se reproduzirem em cativeiro.
A primeira vez que nasceram filhotes de tubarão-lixa no tanque do centro de visitação do Tamar na Praia do Forte, foi em junho de 2013. De lá para cá, os filhotes cresceram e já estão com cerca de 1 metro de comprimento. Dois anos depois da gestação, mais uma vez, em março de 2015, descobriram que a fêmea estava grávida novamente! Foi a primeira vez que essa espécie de tubarão procriou em cativeiro na América do Sul. Até hoje, apenas aquários de grande porte dos Estados Unidos, Europa e Ásia registraram esse fato, muito raro. Os dados sobre a ocorrência no Tamar serão objeto de um trabalho científico a ser publicado oportunamente. O coordenador do Tamar, oceanógrafo Guy Marcovaldi disse que esse comportamento em cativeiro pode ser indicativo de bem-estar dos animais, pois somente saudáveis e sem stress são capazes de reproduzir.
22/06/2013 - Nascimento de tubarãozinho surpreende pesquisadores
Com gênero, mas sem documento - A outra espécie a procriar no Tamar foi carinhosamente apelidada de "Pintadinho". Alguns exemplares vieram em armadilhas usadas no estudo dos anzóis circulares, que protejem as tartarugas marinhas de uma de suas maiores ameaças, a pesca. Como a curiosidade é inerente ao cientista, na busca pelo conhecimento encontrou-se a novidade: um tubarãozinho de 45 cm de comprimento que ninguém parece ter notícias. Passaram a ser mantidos vivos no Submarino Amarelo, um recinto especial que abriga outros animais interessantes e importantes para o equilíbrio marinho. Simula o ambiente natural de bichos que vivem além dos 200m de profundidade. A água tem temperatura a 16 graus Celsius e o espaço é único em toda América do Sul.
Os Pintadinhos se reproduzem há 5 anos, mas apenas recentemente, graças aos esforços da equipe do Tamar e dos pesquisadores Maria Isabel G. Paiva, Mateus Rotundo, Alfredo Carvalho e Otto Bismarck, os ovos passaram a eclodir, os filhotes a se desenvolver e hoje estão a encantar crianças e adultos. Venha conhecer!
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