05/06/2012 - Para estudar alguns indivíduos suspeitos de hibridismo em tartarugas marinhas e ampliar o conhecimento sobre o comportamento migratório, no início de 2012, o Tamar fixou transmissores em quatro animais. ↓
Para estudar alguns indivíduos suspeitos de hibridismo em tartarugas marinhas e ampliar o conhecimento sobre o comportamento migratório, o Tamar/Sergipe fixou transmissores em quatro animais, entre os dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro. Os dados emitidos pelos aparelhos indicam que três seguiram no sentido norte da costa brasileira - duas permaneceram entre os estados de Pernambuco e Paraíba e a terceira na costa cearense (esta, após 20 dias de residência, parou de transmitir sinais). A quarta tartaruga viajou no sentido sul e se encontra no Banco de Abrolhos, entre a Bahia e o Espírito Santo. Para esse trabalho, o Tamar conta com a colaboração do Archie Carr Center (Dra. Karen Bjorndal, Dr.Alan Bolten e Luciano Soares), e do College of Staten Island (Dra. Eugenia Naro-Maciel).
A análise genética dos tecidos coletados no início de 2012 está em andamento. De acordo com a coordenadora técnica do Tamar em Sergipe, Jaqueline Comin, ainda não há confirmação de hibridismo, apenas as características externas sugerem a troca de material genético entre duas espécies, Caretta caretta e Lepidochelys olivacea. Das quatro tartarugas acompanhadas, de apenas duas foi observado retorno para realização de nova desova, após a instalação dos transmissores, uma na base do Abaís/SE, com intervalo de 30 dias, e outra na base de Pirambu/SE, com intervalo de 15 dias.
A pesquisa se encontra em fase inicial de coleta de informações. O estudo ampliará o conhecimento sobre a relação entre as espécies, além de esclarecer algumas curiosidades sobre o deslocamento dos animais após a reprodução e sobre o comportamento em áreas de alimentação.
As rotas das tartarugas podem ser acompanhadas pelo site Seaturtle.org (em inglês).
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