05/05/2012 - Um estudo das necropsias em tartarugas que encalharam nas praias da BA, ES, SP e SC, mostraram que o afogamento é a primeira causa da morte dos animais. Leia mais. ↓
Um estudo das necropsias em tartarugas verdes (Chelonia mydas) e de pente (Eretmochelys imbricata) que encalharam nas praias da Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina, mostraram que o afogamento é a primeira causa da morte dos animais. Em segundo lugar, as lesões ao longo do trato gastrointestinal indicaram a ingestão de detritos como ameaça relevante. Os resultados da pesquisa são importantes para ampliar a compreensão das ameaças antropogênicas a que estão expostas as tartarugas, além de subsidiar estratégias e ações de conservação marinha. Intitulado Ameaças antropogênicas às populações de tartarugas marinhas na costa brasileira, o trabalho foi apresentado em março de 2012, durante o 32º Simpósio Anual de Biologia e Conservação de Tartarugas Marinhas, realizado no México.
A investigação foi realizada em 920 tartarugas verdes e 69 de pente necropsiadas de janeiro de 2009 a maio de 2011. Os pesquisadores analisaram os conteúdos e estados do sistema digestivo de animais juvenis (93%) com comprimento de casco variando entre 25 e 48 centímetros. O estudo mostrou que 33% das mortes das tartarugas verdes ocorreram por afogamento, o que pode indicar interação com a pesca, e que 30% das mortes das de pente ocorreram por ingestão de resíduos, indicando altos níveis de poluição no mar.
Tartaruga de pente (Eretmochelys imbricata)
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